Este artigo apresenta em forma compacta, o que é um trabalho institucional acolhedor para crianças e adolescentes.
Nele, apontamos suscintamente, as facilidades e dificuldades.
SAICA – Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes. (Hoje este é o nome oficial)
ABRIGO – Compasso e Descompasso
Trata-se de um serviço “provisório” e excepcional para crianças e adolescentes de ambos os sexos, inclusive com deficiência, em situação de medida de proteção, risco pessoal, social e de abandono, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função.
Oferece ambiente acolhedor e com aspecto semelhante ao de uma residência.
O atendimento prestado é personalizado, favorece o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade.
Compasso (O que há de BOM)
Inserir as crianças/adolescentes, em Redes: Saúde, Escola e Social.
Cuidar das Perdas e resgatar Autoestima.
Despertar e Estimular: a Resiliência, o Pertencimento e o Protagonismo.
Estimular e Fortalecer famílias, afim de reaver a guarda.
Contribuir e acompanhar de modo cuidadoso e empático para processos de Adoção.
Descompasso (O que há de NÃO BOM)
Coerência no cuidar: Devido ao de pessoas cuidando, não é fácil manter e garantir, uma constituição psíquica, minimamente saudável.
Dificuldades em oferecer um atendimento digno, frente às Redes: Saúde, Escolas, incluindo cursos de formação profissional.
Disfunção relacional com Parceiros (nem sempre idéias do Cuidar e Desenvolver, são compatíveis: Vara da Infância, Ministério Público, CREAS, Vigilância Sanitária.
Insucesso no trabalho com famílias (falta de adesão ao apoio oferecido, por diferentes motivos, sendo assim, não conseguem sair do lugar de estagnação Social).
Dificuldades na realocação dos acolhidos na maioridade. Não existem serviços suficientes, chamados República, oferecidos pelo Poder Público, para atender essa demanda.
Como puderam observar, não se trata de uma atividade das mais fáceis para se manter.
Porém, seguimos cuidando e estimulando o desenvolvimento de Crianças e
Adolescentes e Famílias, acreditando que:
“Não existem portas permanentemente fechadas, mas sim, chaves erradas “
SIMPLES ASSIM!!!
Ricardo de Albuquerque – Psicólogo