Invisíveis aos olhos da sociedade

Na madrugada do primeiro dia do mês, no Largo do Paissandu, o edifício Wilton Paes de Almeida veio abaixo após um incêndio de grandes proporções que, suspeita-se, iniciou-se por causa de uma explosão no 5º andar.

O prédio, de 24 andares, era ocupado por sem-teto e desabou por completo após aproximadamente 90 minutos desde o início do fogo. Entre os desaparecidos, estão Selma Almeida da Silva e seus filhos gêmeos, Wendel e Werner, que moravam no oitavo andar da ocupação.

Os gêmeos faziam parte dos projetos sociais da ABCD Nossa Casa, frequentando o CCA e fazendo várias oficinas, como karatê e capoeira. A mãe, Selma, fazia parte do projeto “Sempre é Tempo” e recebia uma cesta básica por mês para auxiliar na manutenção da família.

A ABCD fez parte da vida dessas pessoas que, infelizmente, só ganharam rosto perante a sociedade depois dessa tragédia. Por isso, vimos aqui pedir que nos ajudem a fazer com que a sociedade e o estado tenham consciência de que essas pessoas existem e precisam de ajuda. Não se sabe ao certo quantos rostos foram perdidos ali naquele edifício, mas temos que garantir que sejam os últimos.

Fica aqui a nossa homenagem à essa MÃE que viveu para os seus filhos.

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